Ácido tranexâmico
Ácido tranexâmico Alerta sobre risco à saúde | |
---|---|
Nome IUPAC | trans-ácido 4-amino-metil-ciclohexano carboxílico |
Identificadores | |
Número CAS | |
PubChem | |
DrugBank | APRD01270 |
ChemSpider | |
Código ATC | B02 |
SMILES |
|
InChI | 1/C8H15NO2/c9-5-6-1-3-7(4-2-6)8(10)11/h6-7H,1-5,9H2,(H,10,11)/t6-,7-
|
Propriedades | |
Fórmula química | C8H15NO2 |
Massa molar | 157.2 g mol-1 |
Farmacologia | |
Biodisponibilidade | 34% |
Via(s) de administração | Injeção e oral |
Meia-vida biológica | 3.1 h |
Classificação legal |
|
Riscos na gravidez e lactação |
B |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
O ácido tranexâmico é um medicamento utilizado para neutralizar o sistema de fibrinólise. Seu mecanismo de ação se dá pelo bloqueio da formação de plasmina mediante a inibição da atividade proteolítica dos ativadores de plasminogênios, que, em última análise, inibe a dissolução dos coágulos. Portanto é classificado como antifibrinolítico (inibidor da fibrinólise).
Origem e produção
[editar | editar código-fonte]O ácido tranexâmico é uma substância sintética semelhante a lisina.
Farmacologia
[editar | editar código-fonte]Mecanismo de ação
[editar | editar código-fonte]O ácido tranexâmico possui forte atração pelo sítio de ligação da lisina no plasminogênio e na plasmina, inibindo por competição tanto a ativação, quanto a ação da plasmina. Sua ação, portanto, se faz na fase posterior à formação do coágulo ou, mais precisamente, alargando o tempo de dissolução da rede de fibrina. O ácido tranexâmico não ativa a cascata de coagulação. Sua ação preserva o coágulo, tornando o mecanismo hemostático mais eficiente, reduzindo a intensidade e os riscos de sangramento
Farmacocinética
[editar | editar código-fonte]Absorção e biodisponibilidade
[editar | editar código-fonte]O ácido tranexâmico possui uma biodisponibilidade de 30 a 50% pela administração via oral. O volume de distribuição oscila entre 9 e 12 L; e o tempo de meia-vida ascende a 2h.
Metabolismo
[editar | editar código-fonte]O ácido tranexâmico é metabolizado de forma mínima no fígado. Como produtos metabólicos, se têm encontrados na urina o ácido carboxílico (1% da dose administrada) e a forma acetilada do ácido tranexâmico(0,1% da dose administrada).
Eliminação
[editar | editar código-fonte]A eliminação do ácido tranexâmico é por via renal e se efetua por 95% da dose administrada.
Interações
[editar | editar código-fonte]Quando se administra o ácido tranexâmico junto com o Fator IX pode ocasionar um risco elevado de trombose.
Indicações
[editar | editar código-fonte]O ácido tranexâmico é indicado no controle e prevenção de hemorragias provocadas por hiperfibrinólise e ligadas a várias áreas como cirurgias cardíacas, ortopédicas, ginecológicas, urológicas, neurológicas, otorrinolaringológicas, em pacientes hemofílicos, hemorragias digestivas e das vias aéreas e angioedema hereditário.
Pode também ser utilizado na fórmula de gel após cirurgias orais onde previne que o coágulo seja removido.[1]
Contra-indicações
[editar | editar código-fonte]O ácido tranexâmico está contraindicado em casos de portadores de coagulação intravascular ativa, vasculopatia oclusiva aguda e em pacientes que possuem hipersensibilidade ao medicamento.
Efeitos adversos
[editar | editar código-fonte]- Reações alérgicas
- Formação de trombose - O ácido tranexâmico pode provocar, especialmente em pacientes com propensão a trombose (trombofílicos), uma formação ou incremento de trombose. As tromboses podem causar embolias (embolia pulmonar, apoplexia)
- Fibrilação auricular
- Transtornos visuais
Referências
- ↑ Ripollés-de Ramón, Jorge; Muñoz-Corcuera, Marta; Bravo-Llatas, Carmen; Bascones-Martínez, Antonio (9 de dezembro de 2014). «Aplicación de un gel de ácido tranexámico en pacientes tratados con anticoagulantes orales». Medicina Clínica (em espanhol) (11): 484–488. ISSN 0025-7753. doi:10.1016/j.medcli.2013.07.028. Consultado em 25 de março de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Tranexamic acid». (Dr. P.L.F. Giangrande, Oxford Haemophilia Centre)
- «Tranexamic acid». (UK patient information leaflet)
- «Types of Angioedema and treatments». (Hereditary Angioedema Association)